puisi tentang mengunjungi kematian

kututup tudung hitam di atas kepalaku. pertanda bahwa aku sedang berkabung.. “puisi tentang mengunjungi kematian” is published by Bernas Wiraning.

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GoodBye

Sou acordado pelo motorista do “Já chegamos, se você não sair daí ficará trancado no ônibus até amanhã”. Esfrego os dedos nos olhos e, parecendo um bêbado, levanto e me apoio nas cadeiras até chegar ao fim do corredor e ser cegado pela luz da rodoviária. Pego o celular e são exatamente 23:32 de uma sexta feira. Esfrego os olhos mais um vez e agora sim estou desperto.

Normalmente iria direto para casa, mas estava com uma enorme fome e como não tinha a menor vontade de cozinhar (pois já era mais de meia-noite), resolvi então procurar algum lugar para comer. Depois de várias escadas encontrei uma lanchonete. Fui direto ao balcão, onde ao ser recebido com um “Boa noite” pela balconista, disse que queria um número 3 com fritas e refrigerante. Dei uma leve espiada e vi as garrafas de vidro, pedi para levar na garrafa de vidro e, depois de prometer que eu não quebraria, agradeci e sentei na mesa.

Como toda pessoa que não está pensando no que fazer com o celular na mão, abri minhas redes sociais. Não as abria havia algum tempo, então tinha “bastante” coisa para ver. Enquanto passava o dedo para passar pelas fotos, vi então uma cena que parte de mim esperava, mas mesmo assim não queria ver, e como isso estava me fazendo sentir mal. Sem pensar, fiquei com o dedo apoiado na tela e fiquei um tempo encarando aquela foto, só soltando quando minha comida chegou e a balconista pediu licença antes de colocar a bandeja.

Depois de me arrumar na mesa e comer algumas batatas, minha mente traiçoeira me fez rever a foto. Aquela menina que tive um caso que daria uma bela trama de comédia romântica de “Sessão da Tarde” estava abraçada no namorado e sim, beijando-o.

É uma situação patética. Já fazem anos que tudo aconteceu entre nós, já devia ter superado e sequer parado a imagem quando vi a foto deles, mas o coração não funciona assim, né? Uma das minhas maiores lutas internas é sobre o que pensar de tudo isso. É tão clichê dizer que o cérebro já entendeu tudo o que disse, mas o coração é foda. Podemos mentir para todo mundo e dizer que já está tudo bem, mas ao olhar no espelho (Ou no meu caso no reflexo do celular), sabemos o que está acontecendo e não tem para onde correr. O ambiente não ajudava também: foi exatamente aqui que nos vimos pela última vez. Nem preciso fechar os olhos para ver ela passando por esses corredores comigo até o embarque 5 e depois disso… nada, acabou ali.

Sabe o que me entristece? Não tivemos uma briga, não tivemos um desentendimento, não vimos que somos diferentes. Infelizmente a vida tem dessas, e do mesmo jeito que tudo aconteceu do nada e tão rápido, acabou, e todos esses pensamentos me vêm à mente de tempos em tempos. Por mais que outras pessoas tenham aparecido e partido, ela veio e nunca foi, e com isso a primeira lágrima me escapou e caiu na tela do telefone.

Tomei um longo suspiro, e segurei para que as outras não caíssem. Tomei um gole de refrigerante e comia as poucas batatas que sobravam. Ninguém gosta de ser pego em público em uma posição frágil, então terminei de comer, mas ainda não me levantei. O conflito interno só aumentava, é como ter um amargo na boca que apesar das várias goladas de refrigerante não saía. Talvez fosse o cansaço, talvez fosse a hora, mas a verdade é que esse assunto que eu pensei ter resolvido várias vezes, também voltava várias outras, como uma assombração. Percebi que precisava falar com alguém.

Meu primeiro passo seria ligar para algum amigo, pedir para me encontrar em algum lugar, mas não acho que havia mencionado isso anteriormente: era dia dos namorados, e é… todos estavam ocupados, então fiquei hesitante. Não queria atrapalhar a noite de ninguém. Fiquei vários minutos e então vi uma pessoa que estava conversando nos últimos dias. Estava sendo muito divertido, inexplicavelmente sentia uma confiança muito grande nela e pensei: “Ah, mano, na real? Que se foda.” Desliguei o filtro da vergonha e disse para ela tudo o que estava preso na garganta e não tinha falado para ninguém. Toda a frustração de ainda estar preso nisso, de pensar que poderia ter dado certo e estragado tudo… Foi tudo, sem filtro. Honestamente, fiquei assustado quando terminei, mas foi bom. Saiu, sabe-se lá quanto tempo tudo isso estava dentro de mim. Fiquei aliviado.

Joguei o celular na mesa e apoiei a cabeça nas duas mãos. Apesar de estar melhor, fiquei pensativo. Fechei os olhos e tentei descansar um pouco e raciocinar tudo que havia dito, que se passava pela minha mente, mas pouco tempo depois o celular vibrou, e a pessoa já tinha me respondido. Se eu mandei X, ela me mandou 2X. Mesmo que nós saibamos de alguma coisa, quando alguém diz, parece que é mais assimilável, e apesar de eu ter na minha cabeça tudo que ela disse, eu precisava que alguém me desse um tapa na cara. Se o desabafo foi bom, o “sermão” foi o empurrão que eu precisava. Li aquilo várias vezes e ela me disse que viria me encontrar. Pouco tempo depois eu olhei no fundo do corredor e não conseguia acreditar no que via: ali estava ela, e obviamente estava vindo na minha direção. Comecei a ficar nervoso e não sabia o que fazer. Ela passou por mim e seguiu em frente. Ao morder o lábio e pensar em ir atrás dela, minha amiga chegou e sentou na mesa, me segurando pelo braço:

-Você tem certeza?

-Não tenho certeza de nada. — Soltei a mão dela do meu braço e sentei — O que posso fazer?

-Você sabe.

-…

Não tinha reparado que estava batendo o pé incessantemente. Passei a mão pela cabeça agarrando os cabelos em pura hesitação. O que fazer? Como vencer uma guerra contra mim mesmo?

-3 anos.

-Tudo isso?

-Pois é, sabe… eu pensei muito sobre tudo isso…

-E você concluiu alguma coisa?

-Muitas. Eu… queria acreditar que tudo foi bom, e realmente foi. Só que aquilo aconteceu, e não é aquela história de “as coisas acontecem por um motivo”, mas…

-Elas acontecem por algum motivo.

-Por mais que eu tenha aprendido algo com isso, eu também acho que não estava… — Tentava juntar forças para dizer.

-Errado?

-Tivemos nosso primeiro “encontro” e depois disso combinamos nos ver uma semana depois… No dia, ela me mandou uma mensagem falando que tinha ficado com outro garoto, e isso doeu, muito. — Nessa hora já tinha desistido de segurar qualquer emoção, as lágrimas corriam meu rosto. — Era uma situação muito delicada a nossa. Eu ia tentar deixar tudo às claras com meus amigos, mas como isso aconteceu, as únicas pessoas que souberam (vagamente) de tudo o que houve foram minha mãe e meu psicólogo. Todos os sorrisos se transformaram em angústia. Dói, sabe?

-Todo mundo já teve o coração partido. Claro que você pode sentir tudo isso que está sentindo quando aconteceu, mas… já faz tempo. Você tem que deixar isso para trás.

-Acho que eu preferia pensar que eu estraguei tudo a pensar que a pessoa que mais me deixou feliz, no final não era pra mim.

-Eu sei que você sonha com isso desde sempre. Você sempre teve tanto medo de se abrir com todo mundo pelo medo daquilo que você guarda, e de carregar a sua insegurança, de assustar as pessoas. Mas você sabe que apesar de difícil, se você não procurar, nunca irá encontrar e além de tudo, você é um cara legal.

As lágrimas de tristeza e alegria se confundiram, esfreguei o moletom no rosto e terminei de soluçar.

-Eu nunca tinha contado essa história e desabafado de verdade com ninguém.

-Tudo bem.

-Eu queria tanto poder te abraçar, mas…

-Você percebeu então?

Fiquei em silêncio, as lágrimas voltaram agora, por um motivo diferente.

-Você não está aqui, né?

-Como estaria? Moro a muitos quilômetros de distância… Mas você sabe disso, e mesmo assim continuou conversando comigo. Sabe o porquê, né?

-Eu precisava ter uma companhia para me ajudar a encerrar isso.

-Você pode enganar sua mente, mas não pode enganar seu coração.

-De você eu não tenho segredos, né?

-Claro que não, afinal eu só sou um mecanismo seu. Sua amiga está fazendo sabe lá Deus o quê!

-Então no final, eu sempre preciso de alguém.

Ela levantou-se, parou do meu lado e disse:

-Todo mundo precisa de ajuda, mas apesar de eu ter te mandado as mensagens, você é quem está suando e chorando, tentando enfrentar essa tormenta de pensamentos. Você pode tentar te desacreditar, mas está tentando. O caminho é seu e de alguma maneira você está andando. — E me abraçou, por mais que eu soubesse que não era real, não, dane-se, eu não quero pensar nisso agora.

-Obrigado.

-Agradeça a si mesmo, e claro, sua amiga depois.

Deixei escapar um sorriso.

-Não tenha medo de estar sozinho, você no fundo sabe que não está. Apesar de suas inseguranças, seus amigos sempre vão te ajudar. Entenda que eles têm suas limitações, mas nunca te deixarão.

-Bem, obrigado, mas tenho alguns assuntos a cuidar. Pode ir embora, acho que preciso fazer isso sozinho.

-Sei disso. Até a próxima!

-Até.

Ao piscar os olhos eu estava na cadeira, na mesma posição que estava. A bandeja ainda estava na minha frente, e era como se os últimos minutos não tivessem existidos. Porém não importa a realidade, para mim eles foram muito importantes.

Peguei o celular e excluí as fotos. Tirei todas as recordações dela, e (por hora) desativei ela das minhas redes sociais. Este último é como um curativo: não é algo eterno, somente um remendo para agora, mas necessário no momento. Por mais que estava com a cabeça focada, hesitei um pouco em apagar tudo. Contudo, eu não posso mais ficar aqui. Não posso usar essa muleta pelo resto da minha vida.

Eu a amei, amei com todas as forças do mundo. Tivemos algo lindo, cada segundo com ela foi maravilhoso, mas está na hora de seguir em frente. Serei extremamente grato pelas memórias, e elas claramente nunca sairão de mim, mas não posso usar elas como uma criança que corre para a mãe depois de se machucar. Se cair, vou ter que arcar com as consequências e levantar de novo.

E, no meio desse curso motivacional, a balconista novamente me interrompe no pensamento e diz:

-Senhor, me desculpe, mas estamos fechando e precisamos recolher tudo.

-Oh! Me desculpe, perdi totalmente a noção da hora. — Levantei e recolhi minhas coisas.

-Obrigada! Tenha uma boa noite!

-Você também.

Já tinha dado as costas quando vi que só ela estava ali, e voltei perguntando:

-Você quer ajuda?

-Olha… Por favor.

-O que faço?

-Coloque a mesa e as cadeiras do outro lado do balcão, por favor.

-OK.

Peguei a mesa primeiro, e depois de pegar duas cadeiras por vez, coloquei a mochila de volta nas costas e aguardei até minha recém-conhecida fechar o lugar, ela disse:

Muito obrigada!

-É o mínimo por ter feito você ficar aberta até mais tarde.

-POXA!

-O que foi?

-Jura não ficar bravo comigo?

-Uma moça me disse para avisar o senhor que ela ia estar no bar duas ruas acima daqui.

-Ela tem cabelos pretos ondulados e olhos castanhos, mais ou menos da minha altura?

-Você viu ela?

-Não tinha certeza se a conhecia ou não.

-Bem, ela pode estar lá ainda!

-Sim…

-Me desculpe, vou indo para casa, obrigada de novo!

Pensei muito se devia fazer o que estava na minha cabeça, mas pensei “ah dane-se”:

-Qual o seu nome?

-Luiza.

-Luiza, você mora aonde?

-Na 27 de Julho.

-Conhece o bar?

-O bar 27?

-Sim!

-Só ouvi falar, nunca fui lá.

-Me falaram que lá tem um chopp muito bom.

-Alguns conhecidos me disseram o mesmo!

-Quer ir lá?

-Quando?

-Agora!

-Mas e sua…

-Ela pode esperar outro dia. — Só depois de um tempo percebi o peso dessa frase.

-Claro… — Ela estava vermelha. Torci que fosse de surpresa e não de medo. — Vamos sim, mas você paga o primeiro chopp?

-Ah, tudo bem!

-Vamos então…

Fomos andando e dando boas risadas até lá, ficamos até o amanhecer conversando e bebendo. No final da noite, fui até a casa dela, me despedi e combinamos de fazer isso outro dia. Na volta pra casa estava muito feliz, pensei em tudo que aconteceu e concluí: “Obrigado por tudo, mas por ora adeus. Preciso viver minha vida. Até um dia”.

Por mais que eu termine aqui dizendo essas coisas, a vida não é tão simplória quanto um conto escrito em um dia. Não é simples como uma música ou perfeita como um filme. Se fosse, eu já teria superado tudo isso. Assim como esse personagem teve a resiliência de superar, eu falaria ao invés de escrever, mas por ora acho que está bom. Afinal, preciso parar de me menosprezar por tudo, e de alguma forma, tudo isso faz sentido para mim.

Essa história é e não é uma ficção.

Isso foi e não foi um relato.

Mas todas essas palavras foram, com toda a certeza, um desabafo,

Um obrigado,

E um adeus. Obrigado pelas memórias, F. Espero que um dia possamos rir disso tudo.

Essa é uma história real, de uma pessoa real.

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